De posse das palavras, a tentativa inútil de compor imagens.
De representar belezas, registrar momentos.
Construir um universo de cores, ou um mundo em P&B.;
Vontade de descrever o que é bom de se ver.
Tentar fazer da escrita, poesia.
Na falta da arte, uma narrativa.
Lembrar da dores, calores e demais amores,
Caligrafando sentimentos em vez de palavras.
Para lembrar que não é só texto,
Mas um desejo.
O dom de escrever o que se sente não é para todos e todas. Principalmente quando se revelam desejos, ou se tentam revelar… características dos poetas que escrevem o que sentem, mesmo de forma narrativa, ou simplesmente fingem – o que pode ser a maioria dos casos. Já diria Fernando Pessoa. “Poeta é um fingidor/Finge tão completamente/
Que chega a fingir que é dor/
A dor que deveras sente”.
Pessoa, ao menos, foi sincero!