O zoom sobre a penicilina traz à tona a imensidão do insignificante mofo. A foto mal resolvida reduz o mundo a um pálido ponto de luz.
Os olhos fechados nos levam ao escuro do espaço. O foco na lente amplia o movimento microscópico da vida.
No céu estrelado, eis a certeza de que mais se imagina do que se vê. Na cultura, novos universos investigados.
Relações de comensalismo e parasitismo ocorrem a olho nu. O mais potente telescópio não mostra começo nem fim.
A explosão nuclear começa com um pequeno botão. Eis a impotência do mundo diante de uma simples fagulha.
O que vai ao ar não é nada, apenas fragmentos do vazio. Existe um microcosmo em cada gesto ou intenção.
Sobram dúvidas. Mas é apenas a falta de fronteiras
…de um vasto estado de solidão.
Somos nós mesmo e o tudo.