No traço do grafite, ganhamos vida
Na força da chuva, ganhamos forma
Viramos arte, viramos rio.
Somos a marca do tempo
A duna que se fixa
A falésia que se move.
Eramos areia, hoje barro
Somos a forma fluida
Do vidro derretido.
Nas marcas da escrita
Em papéis reciclados
Escrevemos o que somos.
No bloco de notas vazio
Na lapiseira de carbono infinito
Somos um eterno rascunho.