Oh, Máscaras!: entre contos e crônicas é um blog que mantive on-line entre 2004 e 2008. Nele, publicava as angústias e a vontade de dizer algo, utilizando a escrita e suas entrelinhas. Foram publicadas visões de mundo, ideias, contos, crônicas, piadas, poesias, relatos sem graça, textos reflexivos e até frases sem sentido.
Já quis transformar o legado do blog em um livro e divulgar na “Amazon da vida” que nem fiz com o ebook Menina Mágica (romance), mas percebi de cara que seu formato não cabia entre formas e folhas, pois foi uma catarse, terapia e espaço de construção como indivíduo e escritor.
Muito do que foi ao ar nunca mais irá pois perdeu a cronologia; outros estão sendo retestados no campo de rascunhos e esperam a chance de ganhar um logo lugar por aqui. Quem sabe, alguns deles estarão presentes em algum livro que eu venha a fazer.
Quando aparecerem por aqui, estarão marcados com a tag “Oh Máscaras”. Ao lê-los, não os leia mais como se tivessem sido publicados em um blog. Leia-os agora como se fossem máscaras que se revelam, uma a uma.
Último texto descritivo do blog, que saiu do ar em 2008:
REVOLUÇÃO DAS MÁSCARAS: umas caem, outras não. Mas todas se recriam.
As máscaras não devem ser vistas apenas como interpretação de tudo o que é falso. Vejam nelas a graça da proteção, que nos esconde muitas vezes de nosso próprio medo. Medo que me impediu de levar a sério os textos que antes publicava pois, para mim, o blog era apenas um diário expositivo de bobagens e reflexões interessantes, que se tornavam bobagens por estarem em um blog. Sempre preferi me esconder em meio a uma das minhas máscaras preferidas, a autocrítica. Assim, o medo que tinha de me expressar como um tolo era desculpado pelo descrédito que dei ao blog.
Eu precisava escrever e encontrei neste blog a possibilidade de transitar entre o complexo e o fútil. A premissa que sempre mantive é de que “velhas máscaras cairão e novas se revelarão” graças às percepções que temos sobre o cotidiano. São máscaras ora introspectivas, ora simples e até ingênuas. Quando preciso, uso diferentes máscaras para me expressar livremente. Não há contradição nisso. Máscaras não foram feitas para esconder, mas para chamar a atenção.